Objetivo é aprimorar as funcionalidades na plataforma para uma melhor experiência do cliente e
aumentar os canais de distribuição para alcançar todas as regiões do país
Por Robson Rodrigues, Valor — São Paulo
20/03/2023
Apostando que as transformações que o setor elétrico brasileiro vem sofrendo devem mudar a forma como a maioria dos brasileiros compra energia elétrica, a Ecom Energia, empresa que atua em comercialização e gestão de energia do Brasil, fez uma segunda rodada de investimentos na Lead Energy, startup que realiza análises de faturas de energia.
A empresa recebe neste momento R$ 2,4 milhões. Na primeira, em setembro de 2022, foram aportados R$ 600 mil, totalizando R$ 3 milhões na energytech. O objetivo é aprimorar as funcionalidades na plataforma para uma melhor experiência do cliente e aumentar os canais de distribuição para alcançar todas as regiões do país.
Nesta segunda rodada de investimento, a Ecom aumentou sua participação em 15% mantendo os sócios Raphael Ruffato, Lucas Paiva, Marcio Lopes, Yuri Spacov e o mentor e investidor Jean Albino como responsáveis majoritários.
Ao Valor, o sócio-fundador da Ecom, Paulo Toledo, diz que a verba destinada será para preparar a companhia para a nova fase do setor elétrico, com foco em digitalização e tecnologia, mirando no crescimento do mercado de energia e trazendo uma maior gama de serviços para os clientes varejistas e serviços de energia (em inglês, “Energy as a Service”, ou EaaS).
Sediada no Cubo do Itaú, em São Paulo, o executivo conta que desde o início de 2023 a Lead Energy já realizou mais vendas do que durante todo o ano passado, devido a ajustes estratégicos feitos em conjunto com a Ecom. Desde sua aplicação, estima-se que as vendas da startup até dezembro serão de R$ 10 milhões.
O investimento faz parte de um movimento de empresas do setor que miram em um potencial mercado de quase 90 milhões de unidades consumidoras quando a abertura do mercado livre de energia for completa. A abertura será faseada, com pequenas e médias empresas, se conectadas à alta tensão, aptas a migrar a partir de janeiro de 2024. Em 2026, pode acontecer uma segunda fase de abertura mais massificada com a migração de microempresas e pessoas físicas.
Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/20/ecom-investe-r-24-milhoes-na-startup-lead-energy.ghtml