Como trocar de Fornecedor de Energia?
O setor elétrico no Brasil é conhecido por possuir diversas regras, principalmente quando se trata de como trocar o fornecedor de energia elétrica. Atualmente não são todas as pessoas que possuem acesso a essa opção.
Aqui no Brasil é necessário ter uma demanda mínima para conseguir mudar de fornecedor. Enquanto na Europa é completamente aberto e até mesmo os consumidores residenciais podem escolher de qual empresa querem comprar energia.
De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 80% dos consumidores gostariam de escolher o fornecedor de energia elétrica. Além disso, a Abraceel defende o Mercado Livre de Energia, já que isso tornaria o setor muito mais competitivo.
A pesquisa ainda mostra que 64% dos entrevistados trocariam de fornecedor caso essa medida fosse implementada no Brasil e, para a maioria das pessoas, um dos maiores motivos de troca seria o preço.
Isso só nos mostra o tamanho do potencial que o Brasil possui para expandir o Mercado Livre de Energia e como existe uma demanda pela possibilidade de negociar diretamente com os fornecedores e, dessa forma, conseguir ofertas melhores pela energia contratada.
Quer trocar de fornecedor de energia, mas não sabe como? Confira como funciona o processo e saiba quais são as regras que existem hoje no Brasil.
O que você precisa saber para mudar de fornecedor de energia no Brasil
Atualmente o setor energético brasileiro é segmentado em dois ambientes, são eles:
Ambiente de Contratação Regulada (ACR)
Constituído por consumidores cativos que possuem acesso à energia com tarifas que são estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia.
Ambiente de contratação livre (ACL)
Fazem parte deste ambiente os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar melhores preços do que os que normalmente estão disponíveis no ambiente regulado. Atualmente representa cerca de 30% do mercado energético do Brasil.
Ou seja, para mudar de fornecedor é necessário fazer parte do ACL e, no Brasil, existem algumas regras que impedem que todos tenham acesso a todos os fornecedores do país, diferente do que acontece na Europa onde todos possuem acesso ao Mercado Livre de Energia.
Aqui no Brasil, apesar do ACL ter uma parcela menor do setor energético, esse é um mercado que está espontaneamente em crescimento. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apenas em setembro de 2020 o Mercado Livre cresceu 22%. Além disso, estão ocorrendo cerca de 150 migrações por mês, sendo em média, o maior volume desde 2016.
Porém, para entrar neste mercado é necessário atender a alguns requisitos mínimos. Um dos principais é fazer parte da CCEE e se enquadrar em algumas das categorias abaixo:
Consumidor livre:
Possui uma demanda mínima de 1.500 kW e pode escolher o fornecedor de energia elétrica através da livre negociação;
Consumidor especial:
Possui uma demanda entre 500 kW e 1,5 MW, podendo adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes renováveis como eólica, biomassa ou solar.
Comunhão:
Caso a empresa não possua uma demanda suficiente para conseguir entrar no Mercado Livre de Energia, é necessário realizar uma comunhão de cargas com outras unidades consumidoras para atingir o mínimo necessário de 500 kW. Entretanto, isso é válido somente para consumidores com o mesmo CNPJ e alocados no mesmo submercado ou localizados em áreas que não são separadas por vias públicas.
Por isso, no momento, apenas empresas que possuem uma alta demanda de energia conseguem entrar no Mercado Livre para negociar energia.
Passo a passo para mudar de fornecedor de energia
Primeiramente, é importante que você saiba que para entrar no Mercado Livre de Energia é necessário realizar uma migração, desde que se atenda aos requisitos mínimos que foram citados anteriormente. Dessa forma, uma vez no Mercado Livre, é possível fazer a mudança de fornecedor de energia.
Ou seja, nele é possível escolher os melhores preços, prazos, volume e forma de pagamento diretamente com os geradores e comercializadores de energia elétrica no país.
Com isso, ganha-se mais liberdade para escolher um fornecedor que tenha tarifas mais atrativas do que as tradicionalmente reguladas pelo governo. Além disso, é no Mercado Livre de Energia que as empresas conseguem encontrar as melhores ofertas e conseguem preços inferiores do que os estabelecidos no ACR, ou seja, é possível alcançar até 35% de redução de custos com a energia elétrica.
A energia no Mercado Livre costuma ser mais em conta justamente pela possibilidade de negociar o preço diretamente com os fornecedores. Quanto maior a competitividade, mais as empresas farão ofertas para conquistar mais clientes, e, por consequência, aumentar ainda mais a sua presença no mercado.
Projeto de lei
Além disso, um projeto de lei que está em tramitação no Senado Federal propõe a abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores.
O Mercado Livre ainda permite a contratação de carga sob medida de acordo com a demanda, ou seja, torna possível fazer uma previsão orçamentária muito mais precisa, além de ampliar o poder de tomada de decisões com base em dados muito mais assertivos.
Este mercado também é responsável por permitir a venda do excedente de energia. Isto é, durante a contratação, pode acabar acontecendo de algumas estimativas serem mais altas do que o consumo que de fato acontece. Por conta disso, a legislação do Mercado Livre permite a venda para outros agentes do setor, fazendo com que o comprador não fique em prejuízo.
A migração para o Mercado Livre de Energia
Realizar a migração para o Mercado Livre de Energia pode ser um processo super complicado e burocrático. Por isso, existem empresas especializadas que fornecem tudo que você precisa para entrar nesse mercado e aproveitar todos os benefícios, tais como mudar de fornecedor de energia e conseguir preços mais atrativos.
A Lead Energy tem como missão ajudar empresas que pagam mais do que 5.000 por mês em conta de luz a reduzir esse custo, de uma maneira sustentável e com baixo ou nenhum investimento inicial.
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