Se sua empresa nunca negociou diretamente com um fornecedor de energia e recebe todos os meses uma única fatura da distribuidora da sua região, então ela está no Ambiente de Contratação Regulada (ACR).
Esse é o modelo mais antigo e mais comum de contratação de energia no país. É onde estão a maioria das residências, pequenos negócios e boa parte das empresas que ainda não migraram para o Mercado Livre de Energia.
Mas o que isso significa na prática?
Neste conteúdo, você vai entender o que é o ACR, como ele funciona, quais são suas características e por que muitas empresas estão deixando esse modelo para trás.
O que é o Ambiente de Contratação Regulada
O ACR é o ambiente em que os consumidores compram energia elétrica das distribuidoras locais, com tarifas definidas pelo governo e sem possibilidade de escolha sobre fornecedor, preço ou origem da energia.
Tudo é regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que define os reajustes tarifários e aprova os contratos de compra de energia entre as distribuidoras e os geradores, por meio de leilões públicos.
O consumidor cativo, como é chamado quem está no ACR, não participa de nenhum desses processos. Ele apenas consome e paga, sem autonomia ou poder de negociação.
VEJA TAMBÉM| Ambiente de Contratação Livre (ACL)
Como funciona a contratação de energia no ACR
A distribuidora local é responsável por comprar a energia nos leilões organizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com base em previsões de consumo para os próximos anos.
Essa energia é então entregue aos consumidores da região atendida, que pagam o valor determinado por uma tarifa regulada, que inclui:
- Custo da energia comprada;
- Uso da rede de distribuição (TUSD);
- Encargos setoriais obrigatórios;
- Tributos estaduais e federais;
- Eventuais acréscimos como as bandeiras tarifárias.
A empresa consumidora recebe uma única fatura e não tem acesso à composição real dos preços, nem pode alterar ou negociar qualquer aspecto desse fornecimento.
Características do Ambiente de Contratação Regulada
Alguns pontos definem claramente como o ACR opera:
- Falta de liberdade de escolha: o consumidor não escolhe o fornecedor nem a origem da energia.
- Tarifa imposta: o preço é fixado pela ANEEL, e os reajustes são aplicados automaticamente, com base nos contratos das distribuidoras.
- Cobrança única: o valor vem condensado em uma única fatura, com pouca visibilidade dos custos reais.
- Bandeiras tarifárias: em períodos de escassez hídrica ou crise energética, acréscimos são aplicados automaticamente.
- Sem negociação contratual: não é possível discutir prazo, flexibilidade, cláusulas comerciais ou readequações de volume.
VEJA TAMBÉM| Como funciona a fatura no Mercado Livre de Energia
Quem está no ACR
Atualmente, permanecem no ACR:
- Residências;
- Pequenos comércios e prestadores de serviço;
- Empresas com baixa demanda conectadas em baixa tensão (Grupo B);
- Algumas empresas de médio porte que ainda não avaliaram a migração para o ACL.
Desde janeiro de 2024, todas as empresas conectadas em média ou alta tensão já podem deixar o ACR e migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), mesmo com consumo inferior a 500 kW.
Isso significa que muitas empresas estão pagando mais do que precisariam, simplesmente por falta de informação ou de apoio técnico para iniciar a migração.
Por que muitas empresas estão saindo do ACR
O ambiente regulado é seguro, mas pouco flexível. As tarifas aumentaram acima da inflação nos últimos anos, os encargos setoriais se tornaram mais pesados, e as bandeiras tarifárias têm impactado diretamente o custo final da fatura.
Empresas que buscam previsibilidade, controle de orçamento e economia real já perceberam que ficar no ACR é caro. E mais do que isso: é abrir mão de uma gestão estratégica da energia.
Ao migrar para o Mercado Livre de Energia, a empresa passa a negociar diretamente com fornecedores, pode escolher contratos com preços fixos, optar por energia renovável e prever seus custos com precisão por até cinco anos.
O ACR cumpre seu papel, mas já não atende empresas que buscam competitividade
O Ambiente de Contratação Regulada foi essencial para estruturar o setor elétrico brasileiro. Mas hoje, ele representa um modelo passivo, sem margem para atuação estratégica.
Se a sua empresa está no Grupo A (média ou alta tensão), já pode sair do ACR e passar a operar no Mercado Livre de Energia, com liberdade de negociação e possibilidade real de redução de custos.
A Lead Energy está pronta para acompanhar toda a jornada de migração, desde a análise inicial até o fornecimento ativo, com segurança técnica, contratos bem estruturados e economia comprovada.