O horário de pico é o período do dia em que há maior demanda por energia elétrica.
Durante esse intervalo, o custo da energia é mais alto, pois as distribuidoras recorrem a fontes mais caras para atender à demanda.
Essa variação impacta diretamente sua fatura, especialmente se sua empresa estiver em um modelo tarifário que leva em conta o horário do consumo, como a tarifa branca.
Reduzir o uso de equipamentos no horário de pico pode significar uma grande economia.
Entenda o que é horário de pico e como ele funciona
O horário de pico, também chamado de ponta, é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) como o intervalo de maior consumo na rede elétrica.
Em geral, ele ocorre entre 18h e 21h, período em que residências e empresas consomem simultaneamente energia — iluminação, chuveiros, equipamentos industriais, entre outros. Durante esse intervalo, o custo de geração é mais elevado, o que justifica tarifas maiores.
A ANEEL criou a tarifa branca para estimular o consumo consciente fora dos horários de pico. Essa modalidade tarifária diferencia o preço da energia de acordo com o horário de uso:
- Fora de ponta (baixo custo)
- Intermediário (médio custo)
- Ponta (alto custo)
O objetivo é incentivar o deslocamento do consumo para horários de menor demanda, aliviando o sistema e beneficiando o consumidor com tarifas mais baixas.
Diferença entre tarifa convencional e tarifa branca
Veja na tabela abaixo uma comparação entre os dois principais modelos de tarifação disponíveis:
| Característica | Tarifa Convencional | Tarifa Branca |
| Valor fixo por kWh | Sim | Não |
| Variação por horário | Não | Sim (3 faixas: ponta, intermediário e fora de ponta) |
| Indicação de economia | Baixa | Alta (se o consumo for fora do pico) |
| Recomendado para | Quem consome à noite ou em horário de pico | Quem consome fora do pico (manhã e madrugada) |
Impactos na fatura de energia: entenda os efeitos do horário de pico
Quando sua empresa consome muita energia nos horários de ponta, o valor total da fatura tende a aumentar — mesmo que o volume de kWh consumido seja o mesmo de dias anteriores.
Além disso, o acionamento de termelétricas e outras fontes mais caras para suprir a demanda reflete em bandeiras tarifárias vermelhas, elevando ainda mais os custos.
Segundo dados da ANEEL, o preço da energia no horário de ponta pode ser até 3 vezes maior do que em períodos de baixa demanda.
A seguir, veja em quais situações isso mais afeta o bolso:
- Empresas com turnos noturnos ativos
- Indústrias com máquinas funcionando entre 18h e 21h
- Escritórios com climatização e iluminação intensiva nesse período
- Uso residencial concentrado no início da noite
Estratégias para reduzir o impacto do horário de pico
Antes de apresentar a tabela, vale destacar que pequenas adaptações na rotina energética da empresa ou residência podem gerar economia significativa.
Abaixo, veja uma introdução com estratégias úteis para mitigar o impacto financeiro do horário de pico:
- Adote a tarifa branca: Se sua empresa pode operar fora do horário de ponta, essa tarifa reduz o custo por kWh.
- Automatize o consumo: Use timers e sensores para desligar ou ativar equipamentos automaticamente.
- Invista em eficiência energética: Equipamentos modernos e mais econômicos fazem toda a diferença.
- Planeje turnos alternativos: Evitar atividades produtivas no horário de pico pode reduzir a fatura.
- Considere fontes alternativas: Energia solar ou migração para o Mercado Livre de Energia podem reduzir a dependência dos horários tarifados.
Simulação de impacto na fatura com base em horários
Veja abaixo uma simulação para uma empresa que consome 10.000 kWh por mês:
| Modelo Tarifário | Consumo fora do pico (kWh) | Consumo no pico (kWh) | Valor estimado da fatura | Economia estimada vs. tarifa convencional |
| Tarifa Convencional | 10.000 | — | R$ 7.000 | — |
| Tarifa Branca (50/50) | 5.000 | 5.000 | R$ 8.750 | – R$ 1.750 (aumento de 25%) |
| Tarifa Branca (80/20) | 8.000 | 2.000 | R$ 6.200 | R$ 800 (redução de 11%) |
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Perguntas frequentes
O que é considerado horário de pico?
É o intervalo do dia em que há maior demanda por energia. Normalmente, das 18h às 21h, conforme definido pela ANEEL.
A tarifa branca é obrigatória?
Não. Ela é opcional e pode ser solicitada junto à distribuidora. Requer análise de viabilidade para valer a pena.
O horário de pico afeta todos os consumidores?
Afeta mais quem está na tarifa branca. Na convencional, o impacto é indireto, via bandeiras tarifárias.
Como saber se vale a pena mudar para tarifa branca?
Simulando seu consumo com e sem a tarifa. Distribuidoras e empresas de consultoria como a Lead Energy podem ajudar nesse cálculo.
Empresas podem migrar para o Mercado Livre para fugir do horário de pico?
Sim. No Mercado Livre, o custo da energia não está sujeito ao modelo tarifário convencional, oferecendo mais previsibilidade.
Como evitar consumir energia no horário de pico?
Programar máquinas, usar timers, alterar turnos ou investir em baterias de energia e geração própria.
A tarifa branca vale para todos os estados?
Sim. A regulamentação é nacional, mas a aplicação prática pode variar entre distribuidoras.
